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  Sala de Imprensa / Releases /Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) e Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FASE)

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Prevenção ao diabetes tipo 1 pode estar no causador de outra doença

 

Um medicamento para prevenção do diabetes tipo 1, doença que aumenta o nível de açúcar no sangue e atinge principalmente crianças na fase escolar, pode estar a caminho. Sob a coordenação do pesquisador José Mengel, em uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), uma pesquisa encontrou uma alternativa à prevenção do diabetes no microorganismo causador da Doença de Chagas, o Trypanosoma cruzi. Os pesquisadores identificaram uma molécula do protozoário capaz de induzir à proteção total ao desenvolvimento do diabetes tipo 1.

 

Esse resultado vem sendo observado em camundongos geneticamente propensos a desenvolverem diabetes do tipo 1, quando inoculados com Trypanosoma cruzi, no Laboratório Associado de Imunologia Viral da Fiocruz, na Faculdade de Medicina de Petrópolis. “Em alguns experimentos, injetamos nos animais uma cepa avirulenta de Trypanosoma cruzi, isto é, sem capacidade de causar infecção ou doença no hospedeiro. Este procedimento se mostrou capaz de prevenir o desenvolvimento do diabetes nos camundongos”, detalha o pesquisador.

 

O grupo de camundongos, com pré-disposição ao diabetes, que recebe o Trypanossoma cruzi, não desenvolve a doença, mesmo depois de injetado com drogas que aceleram o aparecimento do diabetes do tipo 1. “Por enquanto, verificamos que o Trypanosoma cruzi produz alguma substância que induz ao aumento da expressão de uma molécula denominada PD-L1. Ela é capaz de desligar a célula que desencadeia o diabetes tipo 1, responsável pela resposta imune contra as células do pâncreas”, explica Mengel.

 

 

Medicamento biológico

 

O projeto coordenado pelo professor Mengel pode ser uma aposta na fabricação de um medicamento para prevenir o diabetes tipo 1 ainda na fase de pré-diabetes. Esse tipo de tratamento seria fundamental principalmente nos casos de crianças que já tenham histórico familiar de diabetes tipo 1 e para as quais as famílias devem estar atentas diante da possibilidade de desenvolver a doença. “É um campo de pesquisa absolutamente novo. A vantagem da nossa proposta é que seria um medicamento biológico, de baixa toxicidade e que poderia ser usado por muito tempo”, destaca o médico.

 

Investimentos para Petrópolis


Uma das bolsistas de Iniciação Científica do projeto, Barbara Noel, 24 (6º ano de Medicina), ainda não está certa sobre a escolha de sua especialidade. “Talvez escolha Clínica Médica agora, mas para o futuro tenho interesse pela área de Alergia e Imunologia”, disse.

 

Barbara pode estar indecisa sobre o que estudar, mas tem uma certeza: quer continuar se dedicando à pesquisa acadêmica. “Fico, pessoalmente, muito feliz em ver os alunos expandindo seus horizontes de conhecimento e possibilidades de atuação na Medicina”, disse Maria Isabel Sá Earp Neto, Supervisora Geral da FMP/Fase.

 

Aluna Beatiz Noel

 

 

 

Mais informações: SPS COMUNICAÇÃO - Tel.: (21) 2111-2650

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